Você já ouviu falar de burnout, certo? E do burnon? Embora ainda pouco conhecido, esse segundo termo descreve uma condição cada vez mais comum no ambiente de trabalho moderno. Ao mesmo tempo, diferenciar burnout e burnon se torna essencial para prevenir e lidar com cada uma dessas condições de forma adequada.
Pensando nisso, vamos explorar como elas impactam tanto os colaboradores quanto as empresas e reforçar a importância de promover um equilíbrio saudável entre vida pessoal e profissional em prol de uma rotina mais saudável e produtiva.
Afinal, o que define um estado de burnon?
O burnon é um estado de estresse constante e fadiga, no qual a pessoa se mantém produtiva apesar do esgotamento iminente. Com isso, ela consegue permanecer minimamente ativa e capaz de realizar as tarefas diárias, embora muitas vezes próxima a um colapso físico e psíquico.
Ou seja, em um primeiro momento não há um quadro de exaustão total, que gera uma incapacidade de dar continuidade às atividades. Por isso, o indivíduo segue trabalhando, muitas vezes para sustentar a aparência de sucesso e comprometimento, acompanhado da sua dedicação à profissão.
As principais diferenças entre burnon e burnout
Em certa medida, burnout e burnon são condições “irmãs”. Isso significa que elas compartilham algumas características e até mesmo alguns sintomas. Além disso, a primeira pode ser consequência da segunda.
No entanto, o burnout recebe destaque pelo esgotamento físico e mental profundo que impede a pessoa de continuar suas atividades. De acordo com o nome em inglês sugere, há uma “queima por completo” que torna difícil seguir em frente.
Burnon, por outro lado, é um estado crônico de estresse em que a pessoa permanece ativa, mas com uma obsessão pelo trabalho que impede a desconexão e o descanso. Isso pode levar a jornadas cada vez mais extenuantes, cobranças desnecessárias e um nível de exigência consigo mesmo pouco saudável.
Do ponto de vista prático, é preciso ressaltar que a síndrome de burnon ainda não é considerada oficialmente como um transtorno psiquiátrico, muito por conta de ser um termo mais recente. O burnout, por sua vez, desde 2022 é reconhecido como uma forma de adoecimento relacionado ao trabalho (ou em outras palavras, um “fenômeno ocupacional”) pela Organização Mundial de Saúde.
De qualquer maneira, reconhecer todas essas diferenças (e, claro, as eventuais semelhanças) é crucial para tomar medidas preventivas adequadas.
Identificação dos sintomas
Para líderes e gestores
No caso de burnon, pessoas em cargos de liderança devem observar o estresse e a tensão constantes, a negligência do autocuidado, o abandono de hobbies e atividades prazerosas, a irritabilidade, o perfeccionismo e o isolamento social.
No burnout, os sinais são mais agudos. Como resultado, há um esgotamento físico e psicológico extremo, distanciamento emocional e a sensação de incompetência. Em tal cenário, é necessário acompanhar de perto e oferecer suporte para evitar que a situação piore.
Para profissionais e colegas
Faça uma autoavaliação e observe seus colegas. Sinais de burnon incluem estresse crônico, comportamento compulsivo em relação ao trabalho e negligência das necessidades pessoais.
No burnout, há a redução total da energia disponível para o trabalho, acompanhada da desconexão emocional, que muitas vezes é encarada como um descaso ou desinteresse com a atividade profissional. Apoiem-se mutuamente e incentivam o equilíbrio entre trabalho e vida pessoal.
O impacto dessas condições para colaboradores e empresas
O burnon e o burnout podem levar a fatores como:
- aumento de absenteísmo;
- alta rotatividade;
- queda na produtividade;
- deterioração do ambiente de trabalho.
No longo prazo, para as empresas, isso significa perda de talentos, redução da inovação e um clima organizacional tóxico.
Por isso, é essencial que líderes e gestores criem um ambiente que promova o bem-estar e reconheça a importância de redimensionar a prioridade do trabalho e das outras dimensões essenciais para uma boa qualidade de vida.
Consequências e importância do gerenciamento do estresse
Tanto o burnon quanto o burnout trazem sérias consequências para a saúde física e mental dos colaboradores, além de impactarem negativamente o desempenho profissional.
Isso tende a ser seguido não apenas pela diminuição da produtividade, mas também com aumento de custos com saúde. Tratar essas condições costuma exigir suporte de psicólogos e psiquiatras, por exemplo.
Logo, gerenciar o estresse como parte de ações preventivas é crucial. Empresas devem promover políticas de bem-estar e apoio psicológico, enquanto indivíduos precisam estabelecer limites e priorizar o autocuidado.
Estratégias para um estilo de vida saudável
Manter um estilo de vida saudável é uma poderosa estratégia de enfrentamento. Praticar exercícios, ter uma alimentação equilibrada e garantir boas noites de sono são medidas fundamentais para prevenir o burnon e o burnout e outras formas de adoecimento psíquico.
Líderes devem incentivar essas práticas entre suas equipes e promover um ambiente de trabalho que permita um equilíbrio saudável entre vida profissional e pessoal.
Promoção de um ambiente de trabalho saudável
O cuidado com a saúde mental é algo vantajoso para colaboradores e empresas. Desse modo, incentivar o equilíbrio entre vida profissional e pessoal, além de proporcionar um ambiente acolhedor e empático são passos vitais para prevenir essas condições.
Nesse sentido, reconhecer e diferenciar burnon e burnout é essencial para criar locais de trabalho efetivamente saudáveis e capazes de entregar tarefas e demandas de maneira efetiva.
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Este conteúdo foi elaborado pela equipe da CARE Global Partners, pensando em melhorar o seu bem-estar.
Referências
Síndrome de Burnout
Burnout e burnon: entenda a diferença entre eles
https://drauziovarella.uol.com.br/psiquiatria/burnout-e-burnon-entenda-a-diferenca-entre-eles/