O inverno chegou oficialmente em 20 de junho e, junto com ele, para muitas pessoas, vieram também o frio intenso, o cobertor a mais na cama e uma sensação estranha de desânimo. Para alguns, esse mal-estar é passageiro. Para outros, pode evoluir para um quadro conhecido como depressão sazonal, uma condição real, biológica e mais comum do que se imagina. Essa relação entre depressão e frio merece atenção e cuidado.
É normal se sentir mais triste no frio?
Sim. Mesmo quem ama o inverno pode se sentir mais cansado, sonolento ou desmotivado nos dias frios e nublados. Isso acontece porque a exposição à luz solar reduzida interfere diretamente em nosso ritmo biológico. A menor incidência de luz estimula a produção de melatonina (hormônio do sono) e reduz a liberação de serotonina e dopamina, neurotransmissores ligados à sensação de prazer e bem-estar. Como resultado, o corpo entende que é hora de descansar, mesmo que o dia tenha começado.
O que é a depressão sazonal?
Chamada clinicamente de transtorno afetivo sazonal, essa forma de depressão está relacionada às mudanças climáticas, especialmente à chegada do outono e do inverno. Embora seja mais comum em países com invernos longos e escuros, também pode ocorrer em regiões tropicais, como o Brasil, especialmente em pessoas mais sensíveis a variações de temperatura, luminosidade e isolamento.
Principais sintomas e sinais da depressão sazonal
Entre os sintomas mais frequentes estão: fadiga persistente, dificuldade de concentração, aumento do apetite (especialmente por carboidratos), isolamento social, alterações no sono e perda de interesse em atividades prazerosas. Por isso, é essencial diferenciar entre o cansaço comum do inverno e os sinais de um quadro depressivo. Quanto antes o reconhecimento, mais eficaz é o tratamento.
Depressão e frio: por que afetam tanto o humor?
A combinação entre temperaturas baixas, menor exposição ao sol e alterações na rotina (como menor prática de atividades físicas e mais tempo dentro de casa) impacta diretamente nosso bem-estar emocional. Além disso, a redução da vitamina D, causada pela falta de sol, também contribui para o agravamento dos sintomas.
O que fazer para enfrentar a depressão e o frio?
Existem estratégias simples, mas eficazes, para amenizar os impactos do frio sobre a saúde mental:
- Aproveite os momentos de sol (mesmo que curtos);
- Pratique atividade física regularmente;
- Mantenha uma alimentação equilibrada;
- Cultive interações presenciais — beije, abrace, converse;
- Evite o isolamento prolongado.
Para casos mais intensos, a psicoterapia é o caminho ideal. A abordagem clínica permite identificar as raízes do sofrimento emocional e construir estratégias personalizadas para lidar com ele. E quanto antes iniciar esse processo, melhor.
Apoio emocional faz diferença: conte com a CARE by TELUS Health
A CARE by TELUS Health oferece suporte especializado para quem está enfrentando desafios emocionais, como a depressão no frio. Por meio do Programa de Apoio ao Empregado (PAE), você conta com acolhimento, orientação psicológica e encaminhamentos, sempre com confidencialidade e empatia. Se este inverno está mais difícil para você ou para alguém do seu time, não hesite em buscar apoio. O cuidado com a mente também precisa estar em pauta na estação mais fria do ano.
Porque depressão e frio não precisam caminhar juntos. E você não precisa enfrentar isso sozinho.
Este artigo foi preparado com carinho pela equipe da CARE, reforçando nosso compromisso com os pilares essenciais para uma vida mais feliz e equilibrada.