A dívida é uma realidade para muitos brasileiros e seus efeitos vão além das finanças, impactando profundamente a saúde mental. Segundo a Serasa Experian, mais de 65 milhões de brasileiros estavam endividados em 2023, refletindo um cenário preocupante para a saúde financeira e emocional das famílias.
O conteúdo a seguir detalha como a existência de dívidas afeta o dia a dia e aspectos psicológicos, e oferece dicas práticas para gestores, colaboradores e seus familiares lidarem de forma saudável com as próprias rendas, promovendo a educação financeira e a melhoria da saúde mental de todos.
O impacto da dívida na saúde mental
Estudos indicam que contrair dívidas pode causar uma série de impactos negativos à saúde do indivíduo. Além disso, a insegurança financeira pode afetar diretamente o desempenho profissional e a qualidade de vida.
Entre os efeitos que a pressão financeira constante pode gerar em uma pessoa, destacamos:
- Insônia: a preocupação com as finanças pode dificultar o sono, resultando em cansaço e capacidade reduzida de concentração no trabalho.
- Ansiedade e depressão: crises de ansiedade, que podem levar à depressão, são desencadeadas pela angústia de pagar as contas e pela sensação de estar preso em um ciclo de dívidas.
- Baixa autoestima: sentimentos de fracasso e vergonha associados às dívidas podem diminuir a autoestima, afetando a confiança e a motivação no ambiente de trabalho.
- Problemas de relacionamento: discussões frequentes sobre dinheiro podem gerar tensão entre parceiros, familiares e amigos, aumentando o isolamento social.
Dicas práticas para lidar com as dívidas
Para ajudar gestores, colaboradores e seus familiares a lidarem de forma saudável com as dívidas, especialistas do setor financeiro orientam algumas práticas:
Ofereça educação financeira contínua
Empresas podem oferecer workshops e seminários sobre planejamento financeiro, orçamento familiar e gestão de dívidas. A educação é a primeira linha de defesa contra o endividamento.
Tenha um orçamento e planejamento financeiro
Estruturar um orçamento detalhado é fundamental para entender a real situação financeira. Listar todas as despesas e receitas mensais, identificar aquelas que são desnecessárias (e que podem ser cortadas) e priorizar o pagamento de dívidas são passos cruciais.
Negocie dívidas
Conversar com credores pode resultar em condições mais favoráveis para garantir o pagamento das dívidas. Renegociar prazos e juros, buscando sempre as melhores opções disponíveis, tende a ser uma alternativa. Parcele as dívidas em valores manejáveis e celebre cada conquista alcançada.
Utilize ferramentas digitais
Aplicativos financeiros podem ajudar a monitorar as despesas e a manter o controle do orçamento. Ferramentas como GuiaBolso e Organizze facilitam a visualização das finanças e auxiliam no planejamento.
Priorize a saúde mental e mantenha a resiliência
Em meio ao caos, como em situações de endividamento, surgem oportunidades para o desenvolvimento da resiliência – fundamental para superar desafios do tipo e alcançar uma qualidade de vida melhor.
Para isso, passado o susto inicial, é importante pensar em estratégias para cuidar da sua saúde mental e para encontrar ferramentas que ajudem a enfrentar as adversidades.
Vale também buscar orientação de psicólogos e psiquiatras para lidar da melhor maneira com a ansiedade e a depressão decorrentes das dívidas, e evitar caminhos prejudiciais, como o uso em excesso de bebidas alcoólicas e drogas.
Esteja ciente de seus hábitos financeiros e emoções relacionadas ao dinheiro, e reconheça padrões negativos para uma mudança positiva. Muitas empresas oferecem esses serviços como parte dos benefícios aos colaboradores.
Comunique e defina metas financeiras realistas
Falar abertamente sobre finanças com os familiares, colegas e gestores ajuda a criar um plano de ação (metas de curto, médio e longo prazos) conjunto e evita mal-entendidos.
Orientações para gestores
Os gestores desempenham um papel crucial na promoção da saúde financeira e mental dos colaboradores. Dicas práticas voltadas para as lideranças podem ajudar nesse tipo de momento:
- Incentive a educação financeira
Promova ações voltadas para a educação financeira dentro da empresa. Envolva especialistas do setor para fornecer conteúdo relevante e acessível.
- Ofereça apoio emocionale financeiro
Utilize recursos de suporte financeiro e emocional, como o Programa de Apoio ao Empregado (EAP) da CARE, que oferece acesso a especialistas e consultores dedicados a encontrar as melhores soluções para situações de dificuldades financeiras e emocionais..
- Crie um ambiente de apoio
Fomente um ambiente onde os colaboradores se sintam à vontade para discutir questões financeiras sem medo de estigma. A falta de suporte pode levar ao agravamento de doenças psíquicas, com casos extremos resultando em suicídio motivado por questões financeiras.
Conte com a CARE Global Partners para apoiar empresas, colaboradores e suas famílias na jornada para a saúde financeira e mental. Visite nosso site para conferir mais informações sobre como podemos ajudá-los a alcançar um futuro mais saudável e feliz.
Este artigo foi preparado com cuidado pela CARE Global Partners, especialistas em saúde mental e qualidade de vida corporativa.
Referências: