As drogas K, conhecidas especialmente pelas versões K2 e K9, são canabinoides feitos em laboratório, com potência até 100 vezes maior do que a maconha comum. Seus efeitos sobre a saúde física e mental chamam a atenção de autoridades diante da percepção de que a circulação e o uso dessas substâncias estão crescendo.
Assim como acontece com outros tipos de dependência, combater o uso dessas drogas é desafiador, especialmente entre os mais jovens. A prevenção e o tratamento desses quadros incluem conscientização dos riscos e acompanhamento multidisciplinar, em uma jornada que pode contar com alguns obstáculos.
Para saber mais sobre o assunto, acompanhe as principais informações sobre o tema nos tópicos abaixo.
A preocupação em torno das drogas K
Na prática, as drogas K são um grupo de compostos elaborados de forma clandestina com o objetivo de emular os efeitos dos elementos presentes na Cannabis sativa, em especial os chamados canabinoides. Isso significa que elas se ligam no cérebro no mesmo lugar que substâncias ativas como THC e CBD, disponíveis na planta.
De todo modo, uma vez no organismo, as drogas K produzem efeitos substancialmente mais intensos, por conta da sua maior toxicidade. Essa força maior e os danos sobre os usuários fez com que elas recebessem apelidos como “drogas zumbi“, inclusive.
Seja como for, a saúde do indivíduo pode ser colocada rapidamente em perigo por conta dessa exposição. Além do perigo de dependência, o uso da droga pode causar:
- Perda dos sentidos e da consciência.
- Alucinações.
- Convulsões.
- Paranoia.
- Aumento na agressividade e exposição a situações de risco.
- Oscilações no humor.
- Alterações no ritmo cardíaco.
- Óbitos.
Além disso, suspeita-se que tal tipo de entorpecente possa disparar gatilhos associados a uma série de transtornos mentais. No mais, muitos outros riscos ainda estão sendo investigados pelos especialistas, uma vez que faz pouco tempo que elas estão disponíveis.
Em geral, essas substâncias circulam na forma de líquidos que são misturados a outros itens. Assim, o chamado K2 é resultado da aplicação desses psicoativos em pedaços de papel, enquanto o K9 é oriundo da mistura do produto ilegal com a maconha tradicional ou outras drogas.
Existem também versões aplicadas em fluidos para cigarros eletrônicos ou mesmo tabaco convencional, fazendo com que a disseminação do perigo seja ainda maior.
Os desafios associados a essas drogas sintéticas
Do mesmo modo que acontece com outras substâncias proibidas, o desafio de combater essas drogas reside na dificuldade de fiscalização, na ampla disseminação por microtraficantes e nos sérios riscos à saúde mental e física dos usuários.
Crianças e adolescentes são particularmente vulneráveis devido à falta de rastreamento e acolhimento, sobretudo em contextos sociais de maior dificuldade, em que não há o devido amparo.
Além disso, o alto potencial danoso dessas substâncias pode causar em pessoas de todas as idades acentua a dificuldade da busca pela ajuda no momento adequado.
Tratamento e prevenção da dependência química
Um quadro de dependência química é caracterizado pela presença de um comportamento que a pessoa tem dificuldade de dominar o impulso que leva ao consumo de determinada substância.
Pense, por exemplo, na nicotina: quem fuma precisa fazer bastante esforço para resistir ao desejo da tragada.
À medida que o tempo passa, pode haver prejuízo social por conta do uso abusivo da droga. Assim, o indivíduo pode deixar o trabalho ou a escola ou mesmo contrair dívidas para sustentar o vício.
Em paralelo, a mera ideia de abandonar o consumo da substância causa desconforto e uma série de sintomas indesejados. É aquilo que os especialistas chamam de “fissura”, presente em diversos tipos de dependência química.
Diante disso, o tratamento para a dependência normalmente requer uma abordagem multidisciplinar e personalizada. É vital ainda reconhecer os efeitos adversos dessas substâncias, desde seus impactos psicoativos até os riscos para a saúde física, incluindo o potencial de overdose.
Passos importantes para até a recuperação
O caminho até ficar livre de uma substância química pode ser longo e envolve etapas como:
- Avaliação profissional.
- Desintoxicação, sob supervisão médica.
- Suporte psicossocial.
- Monitoramento clínico.
- Tratamento de sintomas de abstinência.
- Apoio psicológico.
- Supervisão contínua, inclusive por conta do risco de recaídas durante o período de manutenção.
Profissionais como psicólogos, psiquiatras e assistentes sociais podem ser fundamentais para cada momento dessa jornada rumo a uma vida livre das drogas.
Portanto, encorajamos fortemente aqueles que enfrentam problemas com as drogas K ou qualquer outra substância (lícita ou ilícita), a buscar ajuda qualificada através de especialistas qualificados.
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Referências
Entenda o efeito e os danos que as drogas K causam ao cérebro e ao corpo
Farmacêuticos alertam: consumo e casos de intoxicações da droga K9 estão crescendo no País
Levantamento mostra aumento de apreensões de canabinoides sintéticos