A inteligência artificial já está presente no cotidiano das empresas. Segundo pesquisa da McKinsey, 94% dos colaboradores e 99% dos executivos afirmam ter familiaridade com IA generativa. Apesar disso, muitos ainda não exploram seu potencial prático, especialmente em tarefas operacionais que consomem tempo e energia.
A boa notícia é que a tecnologia está mais acessível do que parece. E quando bem aplicada, pode liberar espaço para o que realmente importa: decisões estratégicas, criatividade e impacto.
IA no trabalho já é realidade nas empresas brasileiras
A adoção da IA no ambiente corporativo avança rapidamente. De acordo com estudo da Associação Brasileira de Empresas de Software (Abes), 79,2% dos líderes das principais companhias brasileiras já utilizam IA em seus negócios. Quando o foco é IA generativa, 55,7% afirmam já fazer uso da tecnologia, enquanto 34% planejam incorporá-la no próximo ano.
Esses dados revelam um cenário claro: a IA no trabalho deixou de ser tendência e passou a ser ferramenta estratégica.
IA no trabalho amplia possibilidades e valoriza o tempo dos profissionais
Em entrevista ao The A16z Podcast, o economista Erik Brynjolfsson destacou três impactos principais da IA no trabalho.
O primeiro é o ganho de eficiência. Ao automatizar tarefas repetitivas, a IA libera tempo para que os profissionais se concentrem em atividades mais estratégicas, criativas e colaborativas.
O segundo é a criação de novas funções. Com o avanço da tecnologia, surgem cargos como treinadores de IA, engenheiros de prompts e especialistas em adoção de ferramentas. Essas funções refletem uma mudança no perfil das equipes e ampliam as possibilidades de atuação.
O terceiro impacto é a viabilização de projetos antes considerados caros ou complexos. Soluções como chatbots de suporte e sistemas de recomendação agora se tornam acessíveis, abrindo espaço para inovação em diferentes áreas.
Essas transformações não significam substituição, mas sim evolução. O equilíbrio entre funções que se adaptam e funções que surgem está em constante construção. Aproveitar esse movimento é uma forma inteligente de crescer com a tecnologia, sem abrir mão da experiência acumulada ao longo da carreira.
A resistência à IA no trabalho pode ser superada com cultura e liderança
A hesitação em adotar novas tecnologias costuma estar ligada à percepção de complexidade ou à falta de familiaridade. No entanto, estudos da Deloitte mostram que líderes que integram a IA em suas rotinas ajudam a desmistificar seu uso e tornam o ambiente mais receptivo à inovação.
Quando a liderança dá o exemplo, a transformação cultural acontece com mais naturalidade.
Planejamento e capacitação são essenciais para o uso inteligente da IA no trabalho
Adotar IA com sucesso exige clareza de propósito. É fundamental definir se o foco está na produtividade pessoal, na tomada de decisões ou na eficiência operacional. Começar com ferramentas simples, como assistentes generativos e automações internas, facilita a adaptação.
Além disso, parcerias com áreas como TI e RH são fundamentais para promover capacitação contínua e garantir uma governança tecnológica eficaz.
IA no trabalho é aliada, não substituta
Embora a IA ofereça ganhos expressivos, ela não substitui habilidades humanas como escuta empática, sensibilidade emocional e julgamento crítico. Em reflexões anteriores sobre o uso da IA em contextos terapêuticos, reforçamos que a tecnologia deve atuar como suporte — nunca como substituição.
No ambiente corporativo, essa lógica permanece. A IA potencializa, mas o fator humano continua sendo insubstituível.
Educação corporativa como ponte para o uso estratégico da IA no trabalho
Em um cenário de transformação acelerada, iniciativas de educação corporativa tornam-se aliadas estratégicas. Ao promover o desenvolvimento de talentos e estimular o uso inteligente da IA no trabalho, essas soluções ajudam profissionais a se adaptarem com confiança e gestores a liderarem com visão.
Este conteúdo foi produzido pela equipe da TELUS Health powered by CARE, com foco em promover o bem-estar e o desenvolvimento de pessoas e organizações.